quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A Espera da Felicidade

O que nos faz ficar tentando, esperando e querendo um amor pra toda vida? Por que insistimos tanto que precisamos de um outro alguém para sermos felizes? Por que não conseguimos ser felizes sozinhos, sem depender emocionalmente de alguém? E não venham me dizer que tem quem viva bem sozinho, porque não é verdade. Podem até fingir bem, mas na hora de deitar a cabeça no travesseiro, ali sozinho, vem a solidão e se faz presente de forma dolorida e contundente. Já me disseram que ninguém nasceu pra ser só. Mas porque hoje em dia estamos todos juntos e tão sós? E por outro lado, estamos tão individualistas, procurando por um outro que não está disposto a preencher esse vazio, se não for da forma que ele quer. É impressionante como, tanto homens como mulheres estão carentes, sempre a procura do par perfeito, da alma gêmea, da outra metade da laranja ou da tampa da panela. Seja o nome que for a verdade é que tanto homens como mulheres estão sós, carentes e a procura de um alguém para amar e ser amado. E o que faz a carência? A mesma coisa que faz a fome, quando se está com fome, qualquer coisa serve para saciar, para matar a fome, até aquele prato que você achava que não gostava, se torna um manjar dos deuses. É assim com a carência afetiva, você acaba pegando qualquer coisa que se põe à sua frente, se oferecendo para te dar uma migalha de carinho e consideração. É aí que mora o perigo, se jogar nos braços de quem não merece nem de longe um tiquinho dos seus mais puros e verdadeiros sentimentos de afeto, amor e carinho.
Para não ficar sozinhos, topam qualquer coisa, aceitam qualquer parada. Ficamos beijando os sapos todos da lagoa inteira na espera de que um deles vire príncipe. E quem disse que ali, no meio daqueles sapos todos tem um príncipe? Mas temos a esperança de que tenha. E por vezes até sabemos que não tem o dito do príncipe, e aceitamos ficar com o sapo mesmo. Sem nos dar conta que poderíamos viver muito bem sem o sapo, e abrindo espaço para o príncipe de verdade chegar. Mas e o medo de que ele nunca chegue não é? De que vamos ficar e envelhecer sozinhos? Até parece que com esse sapo gordo, babão você vai envelhecer acompanhada por alguém... Pense bem, beijar sapos sim, mas na medida certa, que não impeça que o príncipe sinta nojo da sua boca cheia de gosma de tanto beijar sapo cururu.

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